O cenário é igual a uma cena de filme de guerra: armas, homens de fardas militares, coletes a prova de balas, jipe de guerra, estratégias de combate. Tudo real. Mas na verdade, é mais uma edição dos eventos promovidos pelos amantes do Airsoft: um jogo onde os praticantes participam de simulações policiais ou militares, para se divertir, com armas de pressão que atiram projéteis plásticos não letais. Ao invés de balas, as réplicas das armas lançam projeteis de seis milímetros, que pesam entre 0,20 até 0,40 gramas, conhecidas como BB’s (abreviação do inglês Balistic Balls). Elas são usadas conforme a arma: quanto mais pesada, mais preciso é o tiro, porém com menor alcance.

O jogo utiliza técnicas militares de estratégias de guerra para atingir os objetivos de cada equipe. Não há vencedores. Como explica Alexandre Piaceski, policial militar que é um dos organizadores do airsoft em Curitiba, o jogo não é uma competição: cada equipe busca traçar estratégias para proteger seus alvos e conseguir seus objetivos.
A equipe de reportagem do ECO Curitiba acompanhou um dos recentes eventos promovidos por Piaceski: em uma pedreira desativada, próximo ao Orleans, mais de 200 participantes se reuniram para a Operação Cidade de Deus: a procura do baiano. Piaceski explica: “Nós criamos essa operação baseado em dois filmes: Cidade de Deus e Tropa de Elite. Serão duas equipes: uma, da polícia, e a outra dos milicianos e traficantes”, conta o policial. Assim, cada equipe tem suas metas: a equipe “do bem” precisa proteger o governador e o secretário de segurança. A equipe “do mal” precisa proteger o Baiano – traficante, e o fogueteiro. Além de proteger os personagens, cada equipe precisa capturar os alvos na equipe adversária.

“Para eventos como este, nós calculamos a pressão até 300 fps (pés por segundo), para evitar que machuque os participantes”, explica Carlos, proprietário da Bulldog Airsoft, loja especializada em vendas de armas e equipamentos para o esporte.
O airsoft chegou ao Brasil em 2003. Takashi Nagato foi o primeiro jogador a trazer uma arma de airsoft para o Brasil. Há duas vertentes que explicam a criação do esporte: uma, que relata a criação das réplicas das armas pelos japoneses no período pós-guerra, onde eles treinavam seus exércitos com essas réplicas, já que não podiam usar armas reais. E a outra vertente sustenta a criação do esporte como lazer.

No Brasil, há uma portaria do Exército que assegura a pratica do esporte. Todas as armas são importadas, o que exige do jogador porte de armas e certificado de importação para obter uma arma. As armas possuem o tamanho e o peso fiel as armas reais: o que as diferencia, além da munição, é a ponteira laranja que todas as armas de airsoft obrigatoriamente devem ter. e nos eventos, todas as armas são vistoriadas, onde é necessário a apresentação dos certificados e nota fiscal das armas.
Diferente do paintbool, onde o jogador atingido fica manchado de tinta para identificar que está “morto”, o airsoft usa outra visão para o jogo: a honra. O jogador atingido não fica com nenhum sinal visível, o que exige lealdade dentro do jogo: ele precisa assumir que foi atingido e se retirar do jogo pelo tempo determinado pela organização da disputa. Para Piaceski, esse é o principal diferencial do jogo. “Nós frisamos a lealdade, a honestidade, os valores, nessa disputa”, explica.
O jogo utiliza técnicas militares de estratégias de guerra para atingir os objetivos de cada equipe. Não há vencedores. Como explica Alexandre Piaceski, policial militar que é um dos organizadores do airsoft em Curitiba, o jogo não é uma competição: cada equipe busca traçar estratégias para proteger seus alvos e conseguir seus objetivos.
A equipe de reportagem do ECO Curitiba acompanhou um dos recentes eventos promovidos por Piaceski: em uma pedreira desativada, próximo ao Orleans, mais de 200 participantes se reuniram para a Operação Cidade de Deus: a procura do baiano. Piaceski explica: “Nós criamos essa operação baseado em dois filmes: Cidade de Deus e Tropa de Elite. Serão duas equipes: uma, da polícia, e a outra dos milicianos e traficantes”, conta o policial. Assim, cada equipe tem suas metas: a equipe “do bem” precisa proteger o governador e o secretário de segurança. A equipe “do mal” precisa proteger o Baiano – traficante, e o fogueteiro. Além de proteger os personagens, cada equipe precisa capturar os alvos na equipe adversária.
“Para eventos como este, nós calculamos a pressão até 300 fps (pés por segundo), para evitar que machuque os participantes”, explica Carlos, proprietário da Bulldog Airsoft, loja especializada em vendas de armas e equipamentos para o esporte.
O airsoft chegou ao Brasil em 2003. Takashi Nagato foi o primeiro jogador a trazer uma arma de airsoft para o Brasil. Há duas vertentes que explicam a criação do esporte: uma, que relata a criação das réplicas das armas pelos japoneses no período pós-guerra, onde eles treinavam seus exércitos com essas réplicas, já que não podiam usar armas reais. E a outra vertente sustenta a criação do esporte como lazer.
No Brasil, há uma portaria do Exército que assegura a pratica do esporte. Todas as armas são importadas, o que exige do jogador porte de armas e certificado de importação para obter uma arma. As armas possuem o tamanho e o peso fiel as armas reais: o que as diferencia, além da munição, é a ponteira laranja que todas as armas de airsoft obrigatoriamente devem ter. e nos eventos, todas as armas são vistoriadas, onde é necessário a apresentação dos certificados e nota fiscal das armas.
Diferente do paintbool, onde o jogador atingido fica manchado de tinta para identificar que está “morto”, o airsoft usa outra visão para o jogo: a honra. O jogador atingido não fica com nenhum sinal visível, o que exige lealdade dentro do jogo: ele precisa assumir que foi atingido e se retirar do jogo pelo tempo determinado pela organização da disputa. Para Piaceski, esse é o principal diferencial do jogo. “Nós frisamos a lealdade, a honestidade, os valores, nessa disputa”, explica.
“Por mais que o visual seja ‘de guerra’, o clima é de absoluta paz: famílias inteiras participam do evento. Mulheres, crianças, pais e filhos. O clima de paz se estende a outros detalhes: não há bebidas alcoólicas e casa arma passa por um testes antes do jogo”
A capital do airsoft

Curitiba é considerada a capital do airsoft no Brasil. Hoje, são mais de 40 equipes só na capital. O airsoft também é bastante conhecido e praticado no Japão, China e Estados Unidos. Alexandre Piaceski, que sempre está a frente das ações do esporte em Curitiba, adianta que, em setembro, está sendo organizado o maior evento de airsoft do Brasil, a ser realizado aqui em Curitiba. A organização está mobilizando até helicópteros para a disputa, dando ainda mais emoção para os jogadores. As armas de airsoft custam a partir de R$ 500 e são todas importadas. Segundo Carlos, da Bulldog Airsoft, um bom equipamento custa, em média, de R$ 1.500 a R$ 2 mil, mais os equipamentos de segurança obrigatórios, como o óculos.
Depois, o jogador pode se caracterizar como desejar, com fardas, coletes, capacetes, lenços, botas. Para as disputas, geralmente é cobrado um valor simbólico de cada jogador, para pagar despesas como locação do espaço. E há um lado social: no evento que a equipe do ECO acompanhou, cada jogador levou uma lata de leite em pó, para posterior doação a uma entidade carente.
Curitiba é considerada a capital do airsoft no Brasil. Hoje, são mais de 40 equipes só na capital. O airsoft também é bastante conhecido e praticado no Japão, China e Estados Unidos. Alexandre Piaceski, que sempre está a frente das ações do esporte em Curitiba, adianta que, em setembro, está sendo organizado o maior evento de airsoft do Brasil, a ser realizado aqui em Curitiba. A organização está mobilizando até helicópteros para a disputa, dando ainda mais emoção para os jogadores. As armas de airsoft custam a partir de R$ 500 e são todas importadas. Segundo Carlos, da Bulldog Airsoft, um bom equipamento custa, em média, de R$ 1.500 a R$ 2 mil, mais os equipamentos de segurança obrigatórios, como o óculos.
Depois, o jogador pode se caracterizar como desejar, com fardas, coletes, capacetes, lenços, botas. Para as disputas, geralmente é cobrado um valor simbólico de cada jogador, para pagar despesas como locação do espaço. E há um lado social: no evento que a equipe do ECO acompanhou, cada jogador levou uma lata de leite em pó, para posterior doação a uma entidade carente.
De pai para filho, mulheres: airsoft é para todos
A maior parte dos praticantes do airsoft é ou foi de alguma forma ligada a polícia ou ao exército. Não é obrigatório que já se tenha instruções policiais ou militares para poder ser um jogador. O corretor de seguros Nilton Fabiano é um jogador de airsoft há um ano. O que começou como uma curiosidade hoje virou hobby. “Eu joguei uma vez, gostei, comprei a primeira arma, depois mais uma… E passei a investir no esporte”. Nilton gostou tanto do airsoft que passou a levar seu filho, o assistente comercial Fabrício, para os campos de guerra.
E engana-se quem acha que airsoft é só para homens. Há mulheres sim atrás das armas e no campo. As amigas Fernanda da Silva e Michele Rudolf sempre acompanharam os maridos nos eventos de airsoft. Até que decidiram participar: uniformizadas, com as armas em punho e maquiadas, sem deixar de lado a vaidade e dando um toque feminino ao airsoft. “Deu medo no início, de acertar o rosto, mas depois que você leva a primeira bolinha, vê que a dor é tranqüila e não tem mais medo”, declara em meio a risos Fernanda.
A maior parte dos praticantes do airsoft é ou foi de alguma forma ligada a polícia ou ao exército. Não é obrigatório que já se tenha instruções policiais ou militares para poder ser um jogador. O corretor de seguros Nilton Fabiano é um jogador de airsoft há um ano. O que começou como uma curiosidade hoje virou hobby. “Eu joguei uma vez, gostei, comprei a primeira arma, depois mais uma… E passei a investir no esporte”. Nilton gostou tanto do airsoft que passou a levar seu filho, o assistente comercial Fabrício, para os campos de guerra.
E engana-se quem acha que airsoft é só para homens. Há mulheres sim atrás das armas e no campo. As amigas Fernanda da Silva e Michele Rudolf sempre acompanharam os maridos nos eventos de airsoft. Até que decidiram participar: uniformizadas, com as armas em punho e maquiadas, sem deixar de lado a vaidade e dando um toque feminino ao airsoft. “Deu medo no início, de acertar o rosto, mas depois que você leva a primeira bolinha, vê que a dor é tranqüila e não tem mais medo”, declara em meio a risos Fernanda.
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